Ser poema, nua e crua.
Ser taça de vinho, às vezes na temperatura ideal, às vezes gélida como a chuva que cai do céu.
Ser pôr do sol, bem luminosa, mas com hora para desaparecer.
Ser oceano, profunda para quem se permite, rasa para quem escolhe só assistir.
Ser a Avenida Paulista lotada em dia de domingo, mas vazia e aberta para você.
Ser “Amor em Tempos de Cólera” ou só um amor tranquilo.
Ser mantinha que aquece em dia nublado, ou só ser a manta que cheira à guardado.
Ser sala de cinema, intimista, por vezes profana... Ou posso ser só o cinema que você não frequenta.
Ser um fone de ouvido, uma boa ouvinte, ou ser o fone que você vive perdendo por aí.
Ser o seu abajur, que vive aceso ou que vive triste porque você não o acende.
Ser ponto. Ponto de reticências ou ponto final, você que escolhe.
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